Professor de Capão Bonito é premiado na Olimpíada Brasileira de Matemática

Notícia publicada em 1 de setembro de 2017

A partilha dos 35 camelos entre três filhos, do livro “O homem que calculava”, de Malba Tahan, é o grande desafio que o professor Diego Willian Ferreira gosta de lançar em sala de aula para mostrar aos alunos como a vida é cheia de matemática e atitudes reflexivas. “Me indique uma profissão que dispensa cálculo”, sugere, e ele mesmo responde: “Em direito, que é essencialmente área de humanas, se não soubermos onde está a vírgula e o enunciado de um parágrafo – e isso é tabela – a interpretação de uma lei pode ficar errada. O GPS que todo mundo usa no celular vem de um satélite que funciona com equação de 2º grau”, exemplifica.

Um dos professores premiados na OBMEP de 2016, Diego Ferreira leciona em Capão Bonito, no Vale do Ribeira de São Paulo, e conquista as salas de aula assim, colocando a matemática no dia a dia da criançada. Nesta edição viu dois de seus alunos subirem ao palco para receber medalhas, uma de ouro e outra de prata. Hoje com 30 anos de idade, a primeira aspiração do professor Diego quando jovem era ser piloto de caça, mas entrou em uma licenciatura e percebeu que era muito bom de cálculo. “Consigo muito descontos nas compras à vista porque chego logo ao preço final antes que o vendedor pegue a máquina de calcular”, brinca ele.

Cerca de 1.500 pessoas lotaram o Centro de Formação de Profissionais da Educação “Ruth Cardoso” (CENFORPE), em São Bernardo, para a cerimônia de premiação da 12ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2016). O evento reuniu alunos, professores de ensino fundamental e médio, familiares e convidados. Nacionalmente, dos quase 18 milhões de alunos que participaram da já considerada maior disputa do gênero no mundo, 6.502 ganharam medalhas de ouro, prata e bronze, além de 42.482 estudantes que receberam menções honrosas. A condução do evento foi da professora Débora Bezerra, coordenadora do curso de Matemática da Metodista, que elogiou e incentivou os estudantes a prosseguirem nos conhecimentos.

Quatro vezes medalha de prata somando a edição de 2016 e um bronze, Wellington Batista de Aquino, 17 anos, é um dos que não desistirão de perseguir a conquista máxima do ouro e está em contagem regressiva para participar da edição 2017 da OBMEP, dia 16 de setembro. Sempre com apoio da mãe Josefa, que mais uma vez prestigiou a solenidade, Wellington quer ser economista e já tem uma grande aliada: a dedicação. “Desde que consegui menção honrosa em 2011, não parei mais de estudar”, diz o hoje aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Oswaldo Cardin, de Diadema.  (Universidade Metodista).

 

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