Editorial Aqui, Capão Bonito

Notícia publicada em 28 de agosto de 2018

EDITORIAL

A morte inesperada da Professora Dulce Guimarães golpeou profundamente todos nós. Esse atrevimento indomável do destino retira-nos a ação e nos faz recordar que a vida terrena é apenas um sopro de luz perante a ordem mágica universo infinito. E Dulce Guimarães foi uma daquelas criaturas que tem luz própria; nasceu para conduzir; viveu fazendo história… e não apenas passando por ela.

Não por acaso, abraçou com determinação apaixonada o duro desafio de ser professora neste País. A força de sua índole fazia pulsar as paredes do querido Raul Venturelli, onde seu dinamismo e talento frequentaram desde 1971. Ao longo desses anos, contribuíram pra que centenas de jovens se formasse e se informassem para a vida, para a luta do dia-a-dia. Dulce Guimarães sempre levou muito a sério tudo que fazia. Dirigindo com rara competência o maior complexo educacional de Capão Bonito, em diversas oportunidades abriu as portas do seu querido CERV para seminários, palestras e encontros promovidos pela nossa administração. Dulce Guimarães tinha o dom da participação seletiva, porque as decisões que tomavam baseavam-se no rigor e no ideário de justiça. Sua franqueza – que às vezes assustava os mais tímidos – fazia quebrar o gelo dos obstáculos e inaugurava, sempre com sucesso, uma nova solução. Por estas e outras razões igualmente dignificantes, estou plenamente convencido de que Dulce Guimarães não foi embora: ela apenas mudou de arena. Agora, não como um fugaz sopro de luz, mas como uma estrela de Primeira Grandeza no firmamento de nossa História. Dulce Guimarães foi embora para ficar, eternamente, entre nós.

HÉLIO DE SOUZA

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